13/03/2020

RESENHA: Mães em Guerra - Jill Kargman

Mães em Guerra
Autora: Jill Kargman
Editora: Essência
Páginas: 288
Ano: 2010
Um retrato maldosamente divertido de mães indiscutivelmente exageradas.
Toda mãe é capaz de cometer loucuras pelo bem de seu filho. Mas o que fazer quando a loucura vira o normal? Ao mudar-se para um dos bairros mais elegantes de Nova York com o marido Josh e a filha Violet, de dois anos, Hannah Allen se vê não só diante de um estilo de vida totalmente diferente do seu como no meio de uma verdadeira guerra de mães. Por trás da aparência de bonequinhas de luxo, suas novas vizinhas revelam-se beeem cruéis, prontas para destruir qualquer uma que represente a ameaça de ser uma mãe “melhor” do que elas.
Neste livro, Jill Kargman aposta em um novo gênero que vem conquistando fãs no mundo inteiro – o mom lit. Seguindo o ritmo de Sex and the City e Bridget Jones, só que com protagonistas-mães, o romance teve seus direitos vendidos para oito países, além do Brasil.
É legalzinho.... 

O livro se passa em NY o local do povo rico, cheio de glamour, que tenta mais provar para os outros o que tem, como fazem do que realmente são. A Hannah acaba de se mudar para NY com o seu marido, Josh, e sua filha de dois anos, Violet. E ela tem que enfrentar essas mulherzinhas que deixam os seus filhos serem criados por babás, mas que fingem que quem os educa são elas. 

A nossa protagonista tenta se adaptar, mas vê que aquilo tudo não faz muito a praia dela. Mas antes dela perceber de fato, de verdade e tomar uma atitude temos que aguentar MUITO mimi dela. "Ah isso é errado, não quero isso pra minha filha" e não fazia nada pra mudar, continuava idolatrando as mães que tanto criticava. Eu comprei esse livro querendo uma obra leve, pra rir, já que é um chick-lit. Mas não foi isso que tive. Foi bem decepcionante. 
“Não importa o que você é. O que importa é do que você gosta.” [...] “O que você gosta é uma definição do que você é.”
As mães que a Hannah conhece são uma praga, só querem aparecer, mas nem cuidar dos filhos elas cuidam. A Hannah discorda dos modos delas, mas ao invés de se posicionar só que fica naquele impasse chato e monótono durante a maior parte do livro.

As mães a julgavam sempre, o que foi bem chato, mas devo admitir que às vezes, confesso, elas estavam certa. Mas porquê? Bom, a filha da Hannah tinha dois anos e ela só comia cereal e miojo. Gente, não sou mãe e nem trabalho com criança ainda, logo não tenho muita propriedade e direito de fala, mas sei que pra uma criança em desenvolvimento (e tão novinha, afinal só tem dois anos) precisa comer bem e direito.

Uma outra coisa que me irritou foi que a nossa protagonista tem um casamento dos sonhos: uma filha linda, um marido atencioso (apesar de estar um pouco ausente por conta do novo trabalho) e amoroso e aí ela reencontra um ex-professor que fora sua paixão dos tempos de faculdade, que já tinha ficado e começa sair com ele novamente. É nítido o flerte entre ambos. Ela simplesmente fingia que não existia nada, mas ficava balançada e isso me irritou bastante.
“Esqueça o crack: a saudade é a verdadeira droga.”
O livro em si foi muito repetitivo, a protagonista vivia relembrando coisas do passado que não acrescentava nada pra história e sim o livro é em primeira pessoa. Admito que algumas partes eu pulei, porque não aguentei ler certas besteiras, mas para meu alívio no final algumas coisas satisfatórias aconteceu, apesar de terem sido rápidas demais - coisas essas que deveriam ser melhor trabalhadas, por exemplo uma pessoa que odeia Hannah e do nada já está amiguinha, só porque a nossa protagonista falou algo. Coisa rápida sabe? isso não acontece assim, num piscar de olhos. 

Mães em Guerra foi uma leitura ok, nada demais... Talvez a culpa seja minha de ter esperado um chick-lit a lá Sophie Kinsella, mas não aconteceu. Foi uma leitura arrastada e cansativa, infelizmente. Mas recomendo que façam a leitura, talvez vocês tenham uma experiência melhor.


13 comentários

  1. Olá! Nossa que pena que a leitura não tenha funcionado para você, estava de olho nesse livro, tanto pela sinopse, quanto pela capa, mas alguns pontos que foram destacados já me deixaram ciente de que se eu de fato for me aventurar na leitura será sem grandes (nenhuma) expectativas.

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    1. Oi Eli!
      Bem melhor ir sem nenhuma expectativa, vai que a leitura se torne mais agradável pra ti :)
      Beijos

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  2. Um tema que teria sido melhor aproveitado. Ao menos, deu a entender isso. Só o fato de trazer uma mãe num universo totalmente fora do seu ambiente, já teria sido até engraçado. Mas pelo que pude perceber, nada disso foi levado em consideração.
    E vamos ser sinceras? Ninguém merece essa repetição o tempo todo.
    Mesmo assim, se tiver oportunidade, um dia, lerei sim. Como você mesma disse, cada livro funciona de forma diferente a um tipo de leitor!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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    1. Oi Angela!
      Realmente era um tema que poderia ter sido usado bem melhor. Mas se tiver oportunidade, leia mesmo.
      Beijos

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  3. Olá, Kamilla
    Já tinha visto esse livro, mas sua resenha é primeira que leio.
    Cada livro trás experiência diferentes para cada tipo de leitor, então se caso tiver chance de ler vou sem expectativas.
    Não sou mãe mas trabalho com crianças de 6 meses a 5 anos, a alimentação também é um fator que pode me causar desconforto.
    Beijos

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  4. Acho que é a primeira (ou segunda) vez que leio algo sobre esse livro.
    Amei a sinceridade da sua resenha e os pontos que destacou; acredito que também não me agradaria tanto. Tenho sérios problemas com essas repetições haha.
    Mas foi bom saber sobre.

    Beijos

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  5. Kamilla!
    Quando criamos uma expectativa para uma leitura, e quando a fazemos não é bem o que pensávamos, fica aquele sentimento de frustração, concorda?
    Não sei se leria esse livro, mas acredito que para quem é mãe ou pretende ser, deve ser ao menos um alerta.
    cheirinhos
    Rudy

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  6. Oi!
    A criança de dois anos comendo miojo? Jesussss!
    Achei bem realista o fato de uma mãe querer mostrar para as outras mães que é a melhor, mas que histórinha chatinha ein!

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  7. Olá!
    Já tive leituras do gênero e não me decepcionou, espero não decepcionar né. Mas o livro parece ser interessante, não sei se leria mas parece ser razoável.

    Meu blog:
    Tempos Literários

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  8. Gostei do livro pela sinopse, mas confesso que fiquei decepcionada lendo a resenha.
    Uma pena que a autora não soube aproveitar muito bem o tema, tinha achado bem curioso a proposta, repetindo umas coisas desnecessárias e correndo em outras.

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  9. Ooi confesso que não sei se leria esse livro, mas acredito que para quem é mãe ou pretende ser, deve ser ao menos um alerta eu diria assim kkkk beijos

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  10. Oi, Kamilla
    Achei essa Hannah uma chatice hein, que sonsa. Credo.
    E os personagens secundários parecem ser bem fúteis. É, não é pra mim não. Kkk
    Bjs

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  11. Acho que só as pessoas que trabalham com crianças pequenas o que são mães sentiram o interesse em ler essa obra ou Acho que eu que sou um pouco chatinha com livros mesmo mas o que me atraiu o livro foi a pegada de sex in the City

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