02/01/2018

RESENHA: O Teorema Katherine - John Green

O Teorema Katherine
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Edição: 1
Ano: 2013
Se o assunto é relacionamento, o tipo de garota de Colin Singleton tem nome: Katherine. E em se tratando de Colin e Katherines, o desfecho é sempre o mesmo: ele leva o fora. Já aconteceu muito. Dezenove vezes, para ser exato.
Depois do mais recente e traumático término, ele resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e um melhor amigo bem fora de forma no banco do carona, o ex-garoto prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar pés na bunda, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai mudar para sempre a história amorosa do mundo, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
Oi Apreciadores, tudo bem com vocês?

Primeiramente, feliz ano novo pra vocês! Que 2018 possa trazer ventos bons pra vocês e suas famílias e, claro, muitas leituras! Para começar o ano bem, nada melhor do que um dos nossos autores favoritos né: John Green. Acredito que, fora os livros escritos em parcerias com outros autores, esse era o único livro dele que eu ainda não havia lido, mas confesso que não comecei a leitura com as expectativas nas alturas, já que muitas pessoas já me falaram que não gostaram do livro, e isso foi bom, pois acabei me surpreendendo um pouco no final.
O livro começa logo após o término de Colin com a sua 19ª namorada chamada Katherine. A questão é que até hoje ele havia tido 19 namoradas e todas com o mesmo nome, escrito da mesma forma: K-A-T-H-E-R-I-N-E. Ah é, e todas terminaram com ele. Colin é o famoso menino prodígio, sabe citar o nome de todas as pessoas possíveis que passaram pelos livros de história, de presidentes à senadores, inúmeras relações matemáticas, além de ser fluente em um número considerável de idiomas. Porém, ele já não acredita mais que possa se tornar um gênio, e o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines é a sua última jogada na esperança de se tornar um. 
Quando se trata de garotas (e, no caso de Colin, quase sempre se tratava), todo mundo tem seu tipo. O de Colin Singleton não é físico, mas linguístico: ele gosta de Katherines. E não de Katies, nem Kats, nem Kitties, nem Cathys, nem Rynns, nem Trinas, nem Kays, nem Kates, nem - Deus o livre - Catherines. K-A-T-H-E-R-I-N-E. Já teve dezenove namoradas. Todas chamadas Katherine. E todas elas - cada uma, individualmente falando - terminaram com ele.
Percebendo que Colin está no fundo do poço, Hassan, seu melhor amigo, decide que os dois deveriam embarcar em uma viagem sem destino para que Colin esquecesse Katherine XIX e tivesse seu momento eureca com relação ao teorema. Assim os dois embarcam em uma viagem sem destino e acabam caindo na pequena cidade Gutshot, uma cidade onde Colin e Hassan vão ter várias descobertas sobre o mundo e sobre eles mesmos, além de conquistarem novos amigos e, quem sabe também, novos amores.
Colin sabia que a mãe queria que ele vivesse uma aventura. Ela sempre desejou que ele conseguisse ser um garoto normal. Colin achava que, no fundo, ela ficaria feliz se um dia ele chegasse em casa às três da manhã com bafo de bebida, porque isso seria normal. Garotos normais chegam em casa tarde; garotos normais tomam litros de cerveja quente nos becos com os amigos (garotos normais tem mais de um amigo). O pai queria que Colin transcendesse todas essas coisas, mas talvez até ele estivesse começando a enxergar a improbabilidade de Colin se tornar extraordinário algum dia na vida.
Em primeiro lugar eu devo dizer que foi incrível não ter expectativas, afinal foi o que me motivou a continuar lendo quando a leitura estava bem mais ou menos. Apesar de ter lido o livro em dois dias, a leitura é pouco fluida até mais ou menos na metade do livro, onde as coisas começam a ficar mais interessante e surge uma expectativa referente aos acontecimentos seguintes. No geral, achei o livro pouco cativante, mais no sentido de querer conhecer o final ou de esperar por um plot twist que claramente não temos indícios durante a trama e, obviamente, não aconteceu. 

A escrita continua sendo brilhante e cheia de coisas que eu, em particular, amo no John, as palavras novas que aprendo, as teorias diferentes que ele coloca nos seus livros. Se em Tartarugas Até Lá Embaixo ele colocou informações extremamente voltadas para biologia, neste livro temos matemática e história puras. Eu achei uma sacada de gênio a forma como o John colocou toda a história do teorema e etc, porém acredito que para as pessoas que não gostam de matemática como eu o livro possa ter se tornado por vezes extremamente massante.

Se tem algo que deve ser exaltado nesse livro são os personagens, apesar da falta de um enredo cativante, os personagens são o completo oposto. Me vi apaixonada pelos personagens de Gutshot, desde Lindsay e sua mãe até os velhotes que eles vão visitar. E, claro, me vi odiando fortemente alguns personagens também. A questão é que, mais uma vez, até mesmo os personagens secundários são bem construídos, não de forma a fazer com que você saiba tudo sobre eles, mas de forma a te fazer ter algum sentimento, seja de amor ou ódio, por cada um. 
É possível amar muito alguém. [...]Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela.
Em termos de diagramação eu não posso falar com certeza, pois li em uma versão reduzida, mas a divisão dos capítulos foi bem concisa e trouxe detalhes suficientes para a compreensão da história, contendo alguns extras no meio para falar sobre as Katherines anteriores. Porém senti muita falta de falar mais sobre as 19 Katherines, já que ele menciona muito sobre duas ou três e fala muito pouco sobre as outras (praticamente só no final), o que eu vejo como a única falha dele no sentido de construção de personagens. A capa dele é de fato uma das minhas preferidas do John, extremamente clean e contendo os elementos gráficos que representam perfeitamente a história, dando uma prévia do que devemos encontrar no livro.

Por fim, acredito que o número de páginas foi ideal para contar a história e a ligação entre passado e presente foi feita de forma certeira, eu só queria saber mais sobre as ex-namoradas do Colin. Além disso, a conclusão do livro foi feita de forma que algumas lições pudessem ser aprendidas, coisas que eu senti falta em alguns livros do John, principalmente em Quem é você, Alasca?. Portanto, no geral é um livro bom, mas que entre os livros do John é um dos últimos dos quais eu recomendaria. Alguém aí já leu? O que acharam? Um xêro e até semana que vem!


24 comentários

  1. Oi, Hemely!
    Pra mim, esse é o pior livro do João Verde. Eu não gostei da história, tanto que nem lembro direito como termina hahahha
    Mas o bom de ir sem expectativa é isso: se surpreender; fico feliz que tenha sido uma boa leitura pra você.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  2. Gosto muito do estilo de escrita e as coisas que ele coloca nos livros dele também, mas esse foi mesmo bem paradinho. Se tivesse lido com aquela expectativa de algo bom demais teria quebrado a cara. Sei lá, falta aquela emoção e sentimentos bons que outros livros dele já tiveram.
    Os personagens são legais, gostei deles e os secundários roubaram a cena pra mim em algumas partes. Não é um dos melhores livros do autor mas até que é bom de ler, se você não estiver esperando algo grandioso, só uma leitura gostosa pra passar o tempo e tal.

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  3. Feliz 2018, Hemely! Que tenha um ano repleto de bons momentos, boas leituras...

    Esse é o único livro do John que não li, levando em consideração somente os que ele escreveu sozinho.
    Pensei em ler uma vez, mas vi que o carro dele tem um nome que me incomoda. Pois é, eu tenho um problema/medo com essa palavra, r fiquei imaginando que seria mencionando várias vezes, então deixei de lado.
    Não é uma história que me chama atenção, mas percebi que tem muitas características do John e que faz com que ele seja único na sua escrita. Também não curto matemática, mas história é muito bacana.
    Também sentiria falta de saber sobre as Katherines.

    Beijos

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  4. Oi, Hemelly. Olha, eu também não gosto de Matemática (e pra mim, isso piora em um livro) e nossa, só de ler a sinopse do livro, me deu um tremendo tédio... Quanto mais eu lia resenha o tédio foi aumentando (não por causa da sua resenha, mas sim, por causa do enredo do livro), e pensei: "Onde o autor quis chegar com essas teorias chatas? O cara tá tentando entender sobre essa teoria das Katherines, e, aí?" Me pareceu ser uma história bem morta, vaga, quase sem fundamento algum...

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  5. Oi tudo bem?

    Ainda não li esse livro pelo motivo que também vi muita gente falando mal sobre ele e como amo a escrita do John e não queria me frustar acabei deixando passar. Mas que bom que mesmo sem nenhuma expectativa o livro acabou te surpreendendo de maneira positiva o qual me deixou bastante curiosa para fazer a leitura e talvez também ser surpreendida com mais um livro maravilhoso desse autor.

    Beijos,

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  6. Ainda não li esse livro justamente pelas críticas sobre ele, mas amo o John Green e pretendo dar uma chance pra esse livro.
    Parabéns pelo blog, já estou seguindo para poder acompanhar as novidades

    www.papomoleca.com.br

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  7. Oie.
    Eu não consigo gostar dos livros do autor, mas o que fez com que ele caísse no meu conceito foi justamente esse livro, que infelizmente eu não gostei. Pra mim o livro tem 10% de enredo e 90% de filosofia barata e chata, foi uma leitura horrível.
    Beijos
    http://www.suddenlythings.com/

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  8. Tão gostoso quando um livro nos desperta tantas emoções
    Confesso só ter lido A culpa é das estrelas do John, mas esse livro me deixa curiosa
    Me parecia uma história super juvenil, mas estou curiosa pela construção dos personagens

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  9. Oi Hemelly.
    Eu gostei desse livro. Não é a história mais cativante e envolvente, mas gostei dos personagens e das teorias loucas apresentadas. Acho que ler com expectativas baixas é o que funciona com esse autor. Ainda precisa ler Tartarugas até lá embaixo e espero gostar do livro.
    Bjs

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  10. Feliz Ano Novo!!!
    Já faz algum tempo que li o livro O Teorema Katherine e lembro que não curti muito a história, eu também entre os livros do John Green, este seria um dos últimos livros dele que eu recomendaria para leitura.

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  11. Hemely!
    Nem sei bem o que comentar, acredita? Mesmo sendo John Green, achei que o livro talvez seja um tanto maçante, devido a criação desse tal de teorema, e como alguém só namora com pessoas que tem nome de Katherine? Achei que o autor extrapolou um pouco na criatividade, não foi não?
    Desejo uma semana abençoada e Um Novo Ano repleto de realizações!!
    “O objetivo de um ano novo não é que nós deveríamos ter um ano novo. É que nós deveríamos ter uma alma nova.”(G. K. Chesterton)
    cheirinhos
    Rudy
    1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!

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  12. Tenho receio dos livros do autor até agora só li um e não gostei. Nossa quantas coincidências na vida do personagem com essas namoradas do mesmo nome rs. Achei legal eles se descobrirem mais sobre si próprios na viagem, bom não fiquei interessada na leitura não cativa e nem flui pra mim fica tedioso.

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  13. Confesso que minha vontade de ler os livros do Jhon diminuiram bastant! mas esse livro parece ser inteeressante, eu amo matemática, mas n sei se iria querer ver ela em um livro que n fosse de matematica kkkkk achei bem legal esse gosto dele por Katherines kkkkkkk se eu fosse ler tbm iria querer conhecer mais sobre todas elas kkk quem sabe algum dia eu leia esse livro, e será igual voce, sem expectativas.

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  14. Oi Hemely!
    Eu também gosto da escrita do autor, apesar de ter lido somente dois livros dele, mas O teorema de Katherine me decepcionou um pouco, eu comecei a ler, mas achei tão monótono que acabei abandonando a leitura, e dps de pegar alguns spoilers tive certeza de que não é um livro que eu amaria.
    Enfim, não sei se darei uma nova chance para o livro, mas para quem é fã do autor, é uma boa história!
    Bjs

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  15. Ola!!
    Ainda não tive oportunidade de ler o livro, mas adoro a escrita de John Green, estou com um pé atrás com esse livro, já li diversos comentários que o livro é muito massante, que estranho o Colin só ter namorada com o nome de Katherine, mas que bom que vc gostou do livro, mesmo sendo mas um dos últimos livros do John que você recomendaria, gostaria de ler e tirar minhas conclusões do livro!!

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  16. Eu li este livro há alguns anos atrás. Não gostei muito também, acho que é isso mesmo que você falou, a história não cativa mesmo... Mas os personagens são bons. Acho que minha expectativa estava muito alta, por ter acabado de ler A Culpa é das Estrelas, que acabei me decepcionando um pouquinho com este.

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  17. Tinha ficado intrigada com o titulo e a premissa mas as criticas sobre esse livro são negativas, então acho que dessa vez vou passar...

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  18. O único livro que li do John Green foi A culpa é das estrelas, desde então não tive a oportunidade de ler outro livro dele, mas quero muito.
    Não sabia da historia do livro, mas já tinha ouvido falar e curti bastante, quero ler o livro agora.
    Eu particulamente gosto da forma como o John escreve e é provavel que vá gostar do livro, alem disso parece que tem bastante parte engraçada no livro. Uma pergunta que não quer calar, como ele arranjou 19 namoradas chamadas Katherine?!

    garotaeraumavez.blogspot.com.br

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  19. Sou suspeita para falar, pois eu amo John Green. O Teorema Katherine não é meu preferido, mas gostei bastante.

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  20. Oi, Hemely! Tudo bem? Já realizei a leitura de dois dos livros do autor, e um eu amei e o outro eu odiei, então realmente em relação à este livro tenho o pé atras, que bem como disse há muitas pessoas que falam mal deste livro em geral. Confesso que sua sinopse não me chama a atenção em nada....Mas quem sabe um dia? Mas no momento apesar de ter ficado animada da tua resenha ser positiva, não tenho interesse por ele.

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  21. Olá!
    Eu particularmente amo os livros desse autor mas esse foi o único livro dele que não tenho na estante mas estou desejando muito em ler. A historia é interessante apesar de não ser muito fã de teoremas mas tem uma premissa boa.

    Tempos Literários

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  22. Li o livro tem um tempo e não entendo porque algumas pessoas detestam tanto esse livro. Como li tem um tempo eu não lembrava bem de tudo, mas sua resenha deu uma refrescada na memória. Eu gostei do livro na época que li. Lembro que achei essa viagem do Colin e do Hassan com momentos bem divertidos. Acho que o John Green tem uma escrita bacana onde faz com que aprendemos coisas durante a leitura, nesse temos a matemática como você disse. No momento estou lendo Tartarugas Até Lá Embaixo e estou surpresa com coisas em relação a biologia que eu ainda não tinha pensado. Talvez eu releia algum dia esse livro.

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  23. Eu sou li dois livros do autor que foram A culpa é das estrelas e Quem é você Alasca Gostei do primeiro livro mas o segundo foi uma decepção para mim e eu tinha até pegando a versão autor mas aí eu fiquei muito curiosa em ler o livro tartarugas até lá embaixo o novo lançamento dele eu comecei a ler O Teorema Katherine um tempo após ele ser lançado mas eu não tenho muito interesse na leitura e acabei abandonando ela logo no começo o protagonista era chato e era previsível acho que esses foram os pontos que me fizeram desistir da história

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  24. Oi Hemely,
    O Teorema Katherine foi o primeiro livro que adquiri e li do autor e, até hoje, é um dos meus favoritos. Após concluir a leitura desta obra (e das outras do autor), percebi que John Green nem sempre acerta e não é um autor para todo tipo de leitor, mas a leitura de seus livros valem a pena, pois a narrativa é fácil (mesmo quando ele aborda temas mais complexos) e rápida, fazendo os livros serem boas opções para se intercalar com leituras mais densas. O Teorema Katherine não é um enredo com reviravoltas ou grandes surpresas, mas é um livro com personagens que cativam. Colin e Hassan me conquistaram e dei boas risadas em algumas cenas. Faltou mais explicação e detalhes sobre as namoradas sim, mas isso é característico do John Green, sempre falta algo em seus livros. A capa é minha favorita de todos os livros do autor lançados no país, pois é simples mas cheia de informações.

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